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CRÍTICA: THE VOID (2016)

Critica por Isaac J. Serrão


Há um meme muito famoso na internet com a frase: "Que viagem é essa?" que costumo ouvir frequentemente na pessoa do meu irmão Gabriel Phelipp que atuou comigo aqui no Aurora. Ao subir dos créditos de the void, filme de 2016 independente, eu não pude deixar de ouvir sua voz ecoando na minha cabeça em claro e alto bom som proclamando: Que viagem é essa? Não que o enredo seja complexo ou algo do tipo, mas por ser uma pegada mais independente, a obra assume uma personalidade que gera um bom e um ruim estranhamento que perdura até o subir dos créditos finais.


Na estória, após encontrar um viciado em drogas na estrada sangrando, um policial chamado Daniel (Aaron Poole) decide leva-lo ao hospital local que recentemente havia pego fogo. Porém, após um misterioso acontecimento, as pessoas no hospital percebem que estão cercadas por um grupo fantasiado que parece ser parte de uma seita. Para piorar, o perigo real não parece estar do lado de fora do hospital.


O primeiro grande acerto do filme que pude observar é sua ambientação, que desde os minutos iniciais, nos colocam em um clima de claustrofobia. Por ser idenpendente e de baixo orçamento, fica claro que o uso de um único espaço foi uma forma dos realizadores de pouparem nas dispesas. O que funcionou para eles e para nós. Com o filme quase todo sendo em um pequeno hospital, o clima de tensão crescente vai tomando conta do lugar, nos deixando aflitos ao mesmo tempo que nos mergulha no suspense. Entendam que até pelo menos metade do filme não temos ideia do que está acontecendo.


Outro ponto interessante, é que a obra bebe claramente da fonte Locraftiniana, misturando um terror fisico com um terror mais grotesto e ficcional. A maquiagem e o investimento em efeitos práticos ajuda bastante, tornando a experiência visceral. Sem entrar em spoillers, mas há momentos genuinamente medonhos e até nojentos do tipo: " Não assista comendo!". Tudo isso enriquece a obra, de forma que nos importamos minimamente com as personagens, por não desejarmos aquele destino para ninguém.


Quanto ao elenco, bom, são personagens característicos do gênero, feitos para morrer. Como já falei o enredo é básico e não por isso, menos eficiente. Há o personagem Bad ass, que é o machão arrogante, o policial de bom coração e sua ex-esposa que carregam um trauma do passado. Há o alívio cômico, a personagem de bom coração e por aí vai uma série de clichês, que funcionam pela ambientação já comentada.


Agora se há um problema no filme, ele está no roteiro problemático da metade para o final, que tenta abraçar um universo que atira para muitos lados e no fim não acerta efetivamente me nenhum, deixando um ar de algo mal explicado pairando. Não que o filme não dê respostas, mas ao contrario, chega um momento que ele dá respostas demais, nos deixando mais confusos do que entendidos. O ato final chega a ser sem emoção pela decisão quase surreal de roteiro e tão pouco natural.


Mas, no fim, se você tiver a chance de assistir The void, principalmente naquela sábado com os amigos, vá e divirta-se com aquele clima de filme dos anos 80, que nos surpreende com uma maquiagem asquerosa e um clima de suspense que nos deixa aquela boa pergunta de filme desse gênero: "Que P* de viagem é essa?"


NOTA: 👏👏👏

Bom


The Void

Original:The Void Ano: 2016

País:Canadá Direção:Jeremy Gillespie e Steven Kostanksy Roteiro:Jeremy Gillespie e Steven Kostanksy Produção:Jonathan Bronfman, Casey Walker Elenco:Aaron Poole, Kenneth Welsh, Daniel Fathers, Kathleen Munroe, Ellen Wong, Mik Byskov, Art Hindle, Stephanie Belding, James Millington, Evan Stern, Grace Munro, Trish Reinone, Matthew Kennedy


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