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  • cia Aurora

Cubo, o palhaço!


Era estranho saber que após as centenas de fervorosos aplausos, cubo o palhaço, fechava a cara e bebia uns tragos.

Quem sonharia que o homem com o talento de fazer os outros ri, estava totalmente infeliz. Era meio estranho imaginar que por trás daquele sorriso de batom e pankaque, estava um olhar fechado com lágrimas nos olhos. A realidade era assim, nada era o que parecia ser, Cubo estava triste.

Apresentava pela manhã, pulava pela tarde e chorava pelos cantos a noite. Uma rotina que mais parecia um circulo vicioso. Margarida sua fiel escudeira já não sabia mais o que fazer, tentou lhe arranjar mulher, não deu! Tentou viajar com ele, menos ainda. É parecia que o circo ia pegar fogo.

“Como pode ele estar daquele jeito?”

“ele não está sorrindo!”

“Não está feliz...”

“como pode não estar bem?”

Milhões de perguntas sem respostas claras era o fim! Estavam todos na rua, o circo não duraria um mês. Essa nem era a maior preocupação de Margarida, que só queria ajudar o amigo.

Era o ultimo show, Cubo estava se arrumando, Margarida pronta para o pior decidiu tentar um ultimato. Nem precisou tanto, ao entrar no camarim, ela viu o palhaço se maquiando com um sorriso no rosto. A cada traço que ele fazia, cada pincelada que ele dava, vinha acompanhado de um sorriso.

Se aproximando dele, ela perguntou o motivo da alegria. Ele não respondeu de imediato. Quando o fez, apenas disse que alguns sonhos foram deixados para trás. Quem diria não?

No fim do show, ela correu a bilheteria, pegou sua parte, foi até o comércio e trouxe um presente para Cubo, que quando viu, chorou de tanta emoção.

O circo continuou prosperando, cada um fazendo seu papel dentro da comunidade, incluindo Cubo que realizou seu sonho particular ao expor seu primeiro quadro.

Quem diria que o palhaço queria ser pintor? Vai saber não é?

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